Capítulo 1: O Vírus
O ano é 2020, início de Janeiro, muitos de férias e eu aqui, trabalhando para proteger meu país, Brazuera. Eu sou Amurat, um agente secreto altamente treinado que trabalha para o serviço secreto de Brazuera. Estou em uma missão de reconhecimento em uma farmacêutica, a fim de descobrir onde está o possível vírus que pode causar uma pandemia em Brazuera. A missão é importante porque o gerente do serviço secreto, Shark, me informou que a farmacêutica Artemis pode estar testando um novo vírus na cidade de São Paulo.
Estou finalizando meu reconhecimento da farmacêutica, observando cuidadosamente todos os movimentos da equipe de pesquisa. O objetivo é descobrir onde estão as amostras do vírus e coletar informações sobre como a farmacêutica planeja usá-lo.
Estou de tocaia no prédio do lado da farmacêutica, enquanto observo os pesquisadores, vejo algo que me chama a atenção. Um deles está saindo do laboratório com uma mala, e parece estar muito nervoso. Suspeitando que ele possa estar transportando as amostras do vírus, decido segui-lo.
Sigo-o silenciosamente até um beco escuro nos arredores da farmacêutica. Ele entra em um carro preto, e eu rapidamente me escondo atrás de um muro para não ser visto. Espio pela janela do carro, e confirmo minhas suspeitas: as amostras do vírus estão lá dentro. A etiqueta da maleta bate com a etiqueta que Shark havia me passado.
Faço uma anotação rápida em meu celular, e envio uma mensagem para Shark informando-o sobre o que descobri. A partir daí, Shark vai me passar as instruções sobre o que fazer a seguir.
Enquanto aguardo sua resposta, eu me preparo para agir. Como um agente secreto, não posso permitir que um vírus letal seja liberado em Brazuera. Estou pronto para fazer o que for preciso para proteger o país e seus cidadãos.
Assim que envio a mensagem para Shark, espero ansiosamente sua resposta enquanto continuo a seguir o carro preto que transporta as amostras do vírus. Felizmente, o trânsito começa a ficar lento e o carro para em um semáforo vermelho, me dando a oportunidade que precisava para me aproximar.
Com muito cuidado, me aproximo do carro e coloco um rastreador embaixo dele. Preciso garantir que sempre saiba onde as amostras do vírus estão, mesmo que perca de vista o carro. Finalmente, o semáforo fica verde e o carro começa a se mover novamente.
Continuo seguindo o carro preto enquanto Shark me envia as próximas instruções. Ele me informa que a farmacêutica precisa ser investigada com mais profundidade e que preciso me infiltrar no laboratório para coletar mais informações. Essa não é uma tarefa fácil, mas estou confiante de que posso lidar com isso.
De repente, o carro começa a acelerar e começa a escapar do meu alcance. Percebo que estou prestes a perdê-lo, então para não gerar mais suspeitas eu o ignoro e acompanho pelo meu celular com o aplicativo que me apresenta a localização exata de onde meu rastreador está.
Depois de acompanhar o carro suspeito pelo aplicativo por um tempo, consegui uma referência de onde poderia ir usando um serviço de transporte. Por sorte, um ônibus que passa em frente a um mercado onde o carro já havia passado apareceu, o que me permitirá ficar mais perto do inimigo.
Assim que entrei no ônibus, fui para o final onde havia um canto mais reservado e comecei a acompanhar o carro inimigo novamente pelo aplicativo. Finalmente chegamos ao meu objetivo, o mercado, mas o carro preto já estava mais longe. Decidi descer do ônibus e fui para um café que ficava ao lado esquerdo do mercado. Lá, sentei em uma mesa e uma garçonete veio com o cardápio. Pedi um café para passar o tempo enquanto continuava a acompanhar o trajeto do carro.
Após mais um tempo acompanhando o carro pelo aplicativo, observo que está fazendo várias rotas para eliminar qualquer seguidor caso tenha, manobra interessante, considerando trânsito da cidade, mas nada serve caso tenha um rastreador no carro. Carro parou atrás de um hospital privado onde na parte de trás há um laboratório, que em meu conhecimento do mapa desta cidade, é só um laboratório comum de exame rotineiros.
Após terminar meu café, levanto da mesa e vou diretamente ao caixa para pagar minha conta. Feito isso, sigo em direção ao hospital e mando uma mensagem para o Shark sobre o ocorrido. Ele já imaginava que um dos seis hospitais da região seria suspeito e, juntos, encontramos o correto para invadir.
Shark me informa que a 3 quadras seguindo a norte de onde eu estava naquele momento, há uma loja de fantasias e disfarces onde posso encontrar uma máscara de silicone com o rosto de um médico, uma cópia da sua identidade, vestimenta e um áudio com a voz desse médico para me ajudar a interpretá-lo. Eu pergunto ao Shark por mensagem:
– Você preparou tudo isso em seis lojas próximas aos hospitais com documentos de cada médico e áudio para cada máscara?
– Sim, Amurat. Aqui valorizamos a eficiência, essa missão é muito importante e precisamos evitar que isso se espalhe em Brazuera. Todo esforço é necessário.
– Interessante, é por isso que gosto de trabalhar com você. Escrevo essa mensagem com um sorriso.
– Para retirar o pacote, basta informar esse código ao atendente: 1100012980.
– Pode deixar. É muito bom ter você para apoiar nessas missões, já que adianta muito o meu trabalho. Assim, não preciso ficar fabricando máscaras e invadindo sistemas para captar informações.
Shark também me diz que existe um lugar secreto no laboratório onde eles guardam documentos importantes, e que eu preciso encontrar esse lugar e coletar as informações necessárias para concluir a missão.
Ele me envia a localização exata desse local, que é uma sala de arquivos no andar mais alto do prédio. Além disso, Shark me informa que a equipe de segurança do laboratório é bastante rigorosa, então preciso ter cuidado para não levantar suspeitas.
Eu caminhei pelas ruas movimentadas de São Paulo, sentindo a energia pulsante e vibrante da cidade. Sabia que precisava encontrar a loja de fantasias e disfarces o mais rápido possível para conseguir minha pacote para me disfarçar e invadir o laboratório. Após algumas quadras, finalmente encontrei a loja, que estava um pouco movimentada naquele dia.
Ao entrar, observei as prateleiras e araras cheias de fantasias e disfarces, dos mais variados tipos e personagens. Me aproximei do balcão de retiradas e cumprimentei o caixa, que estava distraído com outra pessoa na fila. Quando chegou minha vez, o caixa pediu pelo nome e CPF para retirada do pedido.
Com um sorriso simpático, expliquei que minha empresa havia feito o pedido com um código específico. O vendedor pareceu surpreso com a explicação, mas eu já esperava por isso. Sabia que esse não era o modo usual de entrega, mas era o que precisava naquele momento. Informei o código e o caixa pediu um momento para verificar o sistema e, em seguida, voltou com o pacote em mãos.
O caixa da loja conferiu o número do pedido no sistema e, satisfeito com a informação, entregou o pacote a mim. Agradeci e saí da loja, ciente de que cada detalhe era importante naquele momento, e que eu não poderia correr o risco de ser identificado ou atrasar minha missão.
Com as informações fornecidas, estou pronto para minha próxima missão e começo a me preparar para me infiltrar no laboratório.
Caminhei pelas ruas tranquilas e simples da cidade, sem chamar a atenção de ninguém. Eu sabia que precisava de um lugar discreto para rever todas as informações do dia. Encontrei um hotel que parecia perfeito para a minha missão, sem luxos ou detalhes que chamassem a atenção.
Ao entrar no quarto, peguei meu notebook e comecei a jogar todas as informações do dia nele. Eu tinha anotado tudo, desde o trajeto do carro preto com o vírus. Foi então que comecei a ver um padrão na rota do carro preto: ele fez vários desvios para chegar em um hospital em específico. Mas em minha rota, parecia que o carro tentou ir em rotas dos 6 hospitais antes ao invés de ir direto para o hospital atual, ou o motorista tava recebendo instruções de formar aleatória para enganar seguidores ou alguma outra coisa que desconhecemos. Estranho.
Abri a caixa do pedido que havia recebido na loja de fantasias e disfarces e nela continha jaleco de médico, sapato dentre outros detalhes da vestimenta que o médico que eu iria interpretar usava normalmente. Havia também uma identidade, crachá falso e um pendrive que continha fotos, informações de pesquisas e pacientes, documentos de trabalho do médico que se chamava Walter, que é quem eu iria representar nessa missão de invasão. Escutei alguns dos áudios que continham algumas falas de Walter para entender como ele se porta e se comunica.
Tudo parecia estar se encaixando aos poucos e eu sabia que cada detalhe era importante para o sucesso da missão. Agora, era hora de descansar e me preparar para o dia seguinte.
Acordei cedo, por volta das 6 horas da manhã, após terminar de revisar todas as informações do dia anterior, fui tomar um café da manhã rápido. Eu sabia que não podia perder tempo, pois a missão estava prestes a começar. Voltei para o meu quarto no hotel e comecei a estudar o meu disfarce de médico.
Coloquei a máscara de silicone com o rosto do médico Walter e vesti as roupas de médico que estavam na caixa que peguei na loja de fantasias e disfarces. Eu sabia que cada detalhe do meu disfarce era importante para que eu pudesse me infiltrar no laboratório e conseguir as informações que precisava.
Passei horas treinando possíveis gestos e a forma como o médico Walter se comunicava. Eu precisava ser convincente e interpretar da melhor forma possível este médico ao invadir o laboratório. Quanto mais eu treinava, mais confiante me sentia em relação ao meu disfarce.
Após algumas horas de treinamento, retirei a máscara e fui almoçar no restaurante em frente ao hotel. Após fazer minha refeição, voltei ao hotel para analisar todos os documentos em relação a possíveis pacientes e pesquisas do médico, depois desse esforço a tarde, decidi descansar um pouco e relaxar antes de partir para a missão. Eu sabia que ainda tinha um longo caminho pela frente, mas estava preparado para enfrentar qualquer desafio que viesse.
Após revisar a planta do laboratório pela última vez, eu sabia que estava tudo pronto para a invasão. Conversei com Shark por mensagem e ele me informou que os seguranças tinham aumentado drasticamente. Era preciso tomar cuidado.
Fiquei pensando por alguns minutos no meu quarto de hotel. Será que eu deveria levar uma arma de fogo? Ou apenas uma faca? Ou ir de mãos vazias? Sorri de forma meio suspeita, quase psicopática. Decidi que iria no modo mais difícil. Se algo desse errado, seria uma ação e tanto.
Senti uma empolgação completa tomar conta de mim enquanto sorria discretamente. Não podia esperar para colocar meu disfarce de médico Walter e invadir o laboratório. Sabia que era uma missão arriscada, mas também era a oportunidade de mostrar minhas habilidades como invasor. Eu estava pronto.
Saí do hotel discretamente, completamente disfarçado como o médico Walter. O meu disfarce estava impecável, e eu sabia que poderia enganar qualquer um. Peguei um táxi e fui em direção a um lugar próximo ao laboratório. No caminho, confirmei com o Shark as medidas que o Serviço Secreto estava tomando para impedir o verdadeiro médico Walter de entrar no turno das 18 horas. Eles haviam abordado ele em uma falsa blitz e apreendido seu celular para evitar que ele avisasse o laboratório do seu atraso.
Cheguei ao meu destino e comecei a caminhar em direção ao laboratório. Tinha a identidade do médico e o meu crachá pendurado no pescoço, escondidos por dentro do jaleco. Decidi entrar no prédio somente com a identidade, o crachá de identificação, celular, dois pendrives e uma caneta. Queria ver o que me aguardava.
Em frente a entrada do laboratório, eu encaro os dois seguranças que quase bloqueiam a minha entrada para o prédio do laboratório. Com um pouco de esforço, tento não demonstrar nenhuma emoção, afinal estava animado pela missão, fazia um tempo que não realizava invasões deste tipo, normalmente era invadir e matar criminosos. Eu caminho em direção à entrada principal. Ainda bem que o meu disfarce está funcionando perfeitamente, ninguém desconfiou que sou Amurat, e não o verdadeiro médico Walter.
Passo pelos dois seguranças com um sorriso simpático, como se estivesse indo para mais um dia de trabalho. Continuo caminhando até a recepção, onde sou recebido por uma recepcionista bem treinada.
– Olá, Dr. Walter, boa noite! Ela me cumprimenta sorrindo e continuou a falar.
-Como posso ajudá-lo?
– Oi, boa noite. Respondo com tranquilidade.
– Preciso passar pela catraca para ir até a porta dos funcionários.
Ela me entrega o cartão de acesso após ver meu crachá e me mostra a catraca. Insiro o crachá e, como esperado, a catraca me deixa passar. Atrás dela, encontro uma sala com quatro seguranças, que me encaram com uma expressão séria.
– Boa noite. Digo educadamente.
– Sou o Dr. Walter, médico responsável pelo turno das 18 horas. Vim conferir a situação dos equipamentos de segurança e saúde no trabalho.
Os seguranças trocam um rápido olhar, antes de me deixarem passar. Eu sigo em frente, tentando não demonstrar qualquer sinal de nervosismo.
Chego finalmente ao meu destino, a porta do laboratório, onde uma última barreira me aguarda. Faço uma rápida checagem em meu disfarce, verificando se o meu crachá ainda está visível e se o meu jaleco não está mal arrumado.
Com celular, caneta, identidade e os dois pendrives em meu bolso, eu respiro fundo antes de girar a maçaneta da porta. O que me aguarda lá dentro é um mistério, mas estou pronto para qualquer coisa.
Com o crachá e a identidade de médico, passei pelos seguranças da porta da sala de espera sem levantar suspeitas. A sala estava decorada com tons claros, possuía várias poltronas, revistas e um grande aquário de peixes exóticos. Depois de passar pela sala de espera, cheguei ao elevador onde havia 2 seguranças próximos, entrei e apertei para ir ao décimo terceiro andar.
Elevador parou no andar que apertei, ao abrir a porta, rapidamente percebo os dois seguranças, um em cada lado, saio do elevador e sigo meu caminho pela esquerda, os seguranças não expressaram nenhuma reação. Seguindo o caminho viro a direita e ao fundo do corredor vejo uma grande porta de aço, que só poderia ser aberta com uma senha. Eu tinha obtido essa senha graças ao Shark.
Digitei a senha e a porta se abriu lentamente, revelando uma sala de arquivos de pesquisa. Era um ambiente extremamente organizado, com várias prateleiras de aço cheias de pastas e arquivos, além de uma grande mesa central com várias telas de computador. Havia também uma impressora, um scanner e uma fotocopiadora.
Com cuidado, comecei a examinar os arquivos do computador e os papéis da sala de arquivos de pesquisa 1302. O que encontrei foi chocante.
As pesquisas que eu li informavam sobre um vírus altamente mutagênico que continha o DNA de várias espécies animais. Este vírus tinha a capacidade de se infiltrar nas células humanas e alterar seu DNA, levando a mutações inimagináveis.
Mas o que mais me deixou perplexo foram os resultados das pesquisas. Parecia que a mutação nos seres humanos dependia da afinidade de seu DNA com certos animais. Isso significava que cada pessoa, por possuir uma parte de DNA diferente de outra, poderia sofrer mutações de forma diferente.
Eu me perguntei quais seriam as consequências dessa pesquisa e o que seria feito com ela. Será que seria usada para fins medicinais, ou para criar seres humanos modificados em laboratório?
Fiquei profundamente preocupado com o que vi e decidi que precisava descobrir mais informações sobre essa pesquisa, copiei os arquivos para os dois pendrives que estavam comigo, sendo um deles o pendrive com informações do médico fornecido pelo Serviço Secreto. Com cuidado, eu guardei os documentos após tirar algumas fotos e encaminhar ao Shark e me preparei para sair da sala. Sabia que minha missão estava longe de acabar e que precisava agir rapidamente.
Eu estava prestes a sair da sala quando ouvi passos se aproximando. Me escondi entre as estantes de aço e esperei para ver quem era. Para minha surpresa, um homem de terno preto entrou na sala com uma maleta preta na mão. Ele olhou em volta, como se procurasse algo, e depois foi direto para o computador.
– Que estranho…. Ele murmurou para si mesmo.
– Os seguranças disseram que alguém entrou nesta sala, mas está vazia.
Eu não queria ser descoberto, então me mantive em silêncio enquanto observava seus movimentos. O homem digitou algo no computador e começou a navegar pelos arquivos, enquanto eu continuava me escondendo.
Foi nesse momento de distração que decidi agir. Dei um passo silencioso por trás dele e bati em uma região específica para deixá-lo inconsciente. Ele caiu no chão, desacordado.
Eu rapidamente peguei a maleta e comecei a recolher meus pertences, sabia que não poderia demorar mais, mas mesmo assim abri a maleta e o conteúdo dela eram 4 frascos de vidro com um liquido avermelhado, se assemelha com as fotos e descrição dos arquivos que eu tinha visto no computador. Eu tinha que sair do laboratório antes que aparecesse mais pessoas, deixei o corpo onde eu estava escondido e fui em direção a porta para sair.
Com a maleta preta em mãos eu saí da sala de arquivos. Eu precisava sair do laboratório sem levantar suspeitas, e a maleta preta era um grande obstáculo nesse sentido. Antes de virar a esquerda do corredor que dava ao elevador, eu deixei a maleta preta no chão, olhei em minha volta, notei que havia 2 vasos com plantas e possuíam pedrinhas acima da terra delas. Peguei algumas pedras e coloquei no bolso da calça.
Peguei a maleta e fui em direção ao elevador, os dois seguranças me encaram de forma suspeita e perguntam:
– Por que você está com a maleta do Sr. Otávio?! Perguntou de forma ofensiva.
– O Sr. Otávio me deu ela para levar ao quinto andar para analisarem o conteúdo. Respondo calmamente, sei que no quinto andar é onde fazem análises de sangue dentre outras.
Segurança olhou pro outro, ambos eram grandes e fortes e falou:
– Acalme ai, preciso confirmar essa informação, desculpe fazer esperar mas é o nosso trabalho!
Provavelmente vão checar com os outros se o destino da maleta é realmente o quinto andar e se outro além do Sr. Otávio deveria aparecer. Quando um deles pega o rádio eu pego duas pedras do meu bolso e arremesso uma em direção ao rádio do primeiro segurança e a outra em seu olho, enquanto me aproximo rapidamente do segurança do lado dele, antes que ele saque sua arma bato com tudo com a maleta no rosto dele, mirando a área temporal, ali existe uma artéria importante nessa região chamada artéria temporal superficial, que pode ser danificada em caso de trauma, causando hemorragia e outros problemas graves.
Após acertar o segundo, me abaixo e dou uma rasteira no primeiro, para não deixar reagir, após o giro da rápida rasteira, dou um soco direto no segundo segurança que desmaiou de vez com dois golpes diretos na cabeça, tão rápidos que duvido que vai se lembrar do ocorrido de hoje. O primeiro segurança caído, rolou pra trás e sacou sua arma, porém antes que continuasse com sua ação eu peguei mais duas pedras e arremessei fortemente uma em sua mão que está segurando a arma e a outra em seu olho.
Sem nem perceber, só sacar a arma já foi atingido por duas pedras, eu me aproximei rapidamente dele, roubei a arma da mão dele, mesmo com tudo isso acontecendo ele pega o rádio novamente para tentar avisar os demais. Como não posso fazer barulho e dar um tiro, travei a arma rapidamente e arremessei no rádio. Com impacto da arma batendo no rádio na mão do segurança, ele não consegue avisar os demais, assim que ele consegue ter uma visão de mim, afinal ja era segunda vez que uma pedra bateu em seus olhos, viu uma ultima ação minha, um chute direto em seu rosto que faz ele bater com a cabeça na parede e desmaiar.
Deixei os seguranças onde estavam e me apressei para sair do prédio, entrei no elevador com a maleta em mãos e apertei para ir ao térreo, me precavendo eu peguei dois frascos com o conteúdo que pode ser o vírus e coloquei em meu bolso. Chegando no térreo saí do elevador em direção a saída, havia bastante seguranças, que começaram a encarar por eu estar com uma maleta preta em mãos, fingi que não notei seus olhares e fui direto ao balcão da recepcionista Letícia, converso um pouco com ela e falo que vou dar uma saída rápida do laboratório, preciso pegar uns documentos que esqueci, ela pergunta sobre a maleta se queria que eu deixasse com ela. Essa era a oportunidade que eu queria, pois se eu insistir em sair com a maleta, teria algo para suspeitarem mais ainda de mim.
Pedi para a recepcionista cuidar da maleta para mim, enquanto eu estiver fora. Com cuidado entreguei a maleta para ela e saí pela porta da frente, os seguranças retiraram suas suspeitas e eu segui em frente. Na saída do laboratório, passei pelos dois seguranças da entrada, na hora que eu virei a direita do portão, escuto o segurança murmurando algo em voz alta e segui em frente rapidamente, fui em um beco mais discreto, tirei o jaleco e a máscara e joguei em um cesto de lixo grande que havia ali.
Peguei meu celular, por mensagem avisei o Shark que havia terminado, ele disse que já enviou um carro para me buscar em frente ao mercado a 2 quadras dali. Enquanto eu caminhava em direção ao mercado, recebo a ligação do Shark.
Animado ele falou:
– Nossa que golpes foram aqueles!
– Pois é, não queria estar na pele deles. Falei com uma leve risada.
– E a propósito Shark, obrigado por cuidar das câmeras, não pedi nada mas sei que fizesse o seu trabalho, pois só na minha saída notaram algo de errado.
– Isso não foi nada, já nos entendemos tanto que meia palavra basta, falando nisso, o carro já chegou ao local, ande mais rápido.
– Estou chegando já.
Havia um carro ligado em frente ao mercado, ao me ver o motorista acenou e entrei nele.
Havia um homem de cabelo preto, olhos castanho e acima de 30 anos no banco de trás, estava do meu lado, ele perguntou se ocorreu tudo bem, informei que sim, está aqui o pendrive com as informações e pegue aqui um frasco do que acredito ser o vírus.
O homem surpreso falou:
– Até o vírus você consegui?! Isso nos ajudará bastante para incriminar a farmacêutica por trabalhar com algo tão perigoso em nosso país!
– Que isso, foi sorte, não esperava aquele homem chamado Otávio aparecer, é como dizem.. fui buscar cobre e encontrei ouro. Falei em tom de piada.
Pedi para o motorista parar no hotel Jasmin, onde eu deixei meus pertences. Chegando lá peguei minhas coisas, fechei a conta e entrei novamente no carro que me esperava lá fora.
– Já que estamos aqui, qual o seu nome? Perguntei ao homem que sentava do meu lado.
– Pode me chamar de Sr. White.
– Bom, vão precisar de mais alguma coisa? Senão vou para minha cidade fazer novos trabalhos e aguardar novas instruções de vocês.
– Era só isso para essa missão, foi de grande ajuda, vamos te levar ao aeroporto, tome aqui sua passagem.
– Já cuidaram até disso, prazer trabalhar com vocês mais uma vez! Fico feliz em poder ajudar meu país, antes que pergunte, não é sarcasmo.
Eu respiro fundo e continuo:
– Muitos podem não querer fazer nada por esse país, mas eu me esforçarei ao máximo para o bem dele! Parece coisa de criança, mas já vi tanta coisa, tantos absurdos, que é injusto esses malditos quererem acabar com a vida das pessoas.
Vi que estava me excedendo falei:
– Bom é isso, só gostaria que entendesse o que digo, não é uma ameaça, longe disso, só quero o bem do país. Falei de forma muito convicta e esperando que o Sr. White tenha entendido a mensagem.
Seguimos viagem rumo ao aeroporto, sentado no banco de trás do carro do Sr. White, eu me preparei mentalmente para o próximo passo da minha jornada. Ao chegar, desci do carro e estendi minha mão para o Sr. White, agradecendo pelo apoio de sua equipe na missão que acabara de terminar. Ele apertou minha mão firmemente e agradeceu pela minha eficiência.
Peguei minha mochila que continha meu notebook, passagem e minha identidade e deixei minha arma de fogo e faca no carro. Não havia mais necessidade deles, poderia ser barrado com esses itens no aeroporto. Olhei ao redor do aeroporto lotado, onde pessoas se moviam freneticamente, em direções opostas. Senti a adrenalina correndo pelas minhas veias, pronta para embarcar no avião com destino a Florianópolis, onde moro atualmente.
Finalmente, cheguei ao portão de embarque o check-in. Olhei para as pessoas ao meu redor, tentando imaginar suas histórias e destinos e se havia alguém suspeito, olhei diversos lugares para fuga caso necessitasse de uma. Eu sabia que a minha própria história estava longe de terminar e que estava apenas começando. Respirei fundo e entrei no avião, pronto para enfrentar o que quer que viesse a seguir.
Eu me acomodo na poltrona, ajustando o encosto para trás e fechando os olhos, aproveitando o momento de relaxamento antes de uma nova missão. Decido ligar a TV de entretenimento do avião para passar o tempo e acabo sintonizando em um programa de notícias gerais de Brazuera, apresentado por um homem e uma mulher muito bem vestidos.
Os apresentadores começam a falar sobre a economia do país, as expectativas de crescimento para o próximo ano e as políticas governamentais que buscam incentivar os investimentos no mercado interno. Eles mencionam que o Brazuera tem um grande potencial de crescimento, mas ainda precisa superar alguns desafios, como a burocracia excessiva e a falta de infraestrutura em algumas regiões.
Em seguida, a dupla fala sobre os acordos internacionais assinados recentemente pelo governo brazuero, destacando a importância desses acordos para o fortalecimento da economia e do comércio do país. Eles citam exemplos de acordos com países como Estados Unidos, China e países europeus, enfatizando a importância de uma postura diplomática firme e de uma agenda econômica clara para atração de investimentos estrangeiros.
Os apresentadores também falam sobre a criminalidade no país, ressaltando a importância do combate à violência e da adoção de políticas públicas para reduzir os índices de criminalidade. Eles mencionam a atuação das forças policiais e das instituições judiciais na luta contra o crime e falam sobre a necessidade de investimentos em segurança pública e na educação para a prevenção da violência.
Não pude deixar de notar uma forte tendência nas manchetes: a corrupção. O apresentador mencionou as últimas investigações e escândalos de corrupção que estavam sendo desvendados em Brasília, deixando a população indignada com a classe política e seus interesses próprios.
As imagens mostravam manifestações e protestos nas ruas de várias cidades, clamando por uma mudança no sistema político do país. Fiquei desapontado ao ver que a corrupção ainda é um problema tão grande em Brazuera, afetando não só a economia e a justiça, mas também a confiança e a esperança da população.
A apresentadora mencionou que o governo estava tomando medidas para combater a corrupção, mas muitos ainda duvidavam da eficácia dessas ações. Eu mesmo tinha minhas dúvidas, pois havia visto tantos casos de impunidade e conivência no passado.
No entanto, também vi nas notícias algumas histórias de cidadãos comuns que estavam fazendo a diferença em suas comunidades, denunciando práticas ilegais e exigindo transparência e honestidade de seus representantes. Esses eram os verdadeiros heróis, lutando por uma Brazuera melhor e mais justo.
Fiquei pensando em como eu mesmo poderia contribuir mais para essa luta contra a corrupção. Talvez pudesse apoiar grupos ou organizações que trabalham nesse sentido, ou simplesmente ser mais consciente e responsável em minhas próprias ações e escolhas. Uma coisa era certa: Brazuera precisava de mais pessoas dispostas a agir e a lutar pelos valores que acreditavam, para que um dia pudéssemos finalmente superar esse mal que nos aflige há tanto tempo.
Estava refletindo com as notícias, precisamos de um novo nome, alguém que não esteja envolvido em todos esses escândalos, é absurdo os próprios corruptos falarem que vão fazer algo para se combater, chega a ser ridículos, só não mato todos pois isso não adiantaria, acaba um virando mártir e dar mais motivo ainda pra uma possível ditadura e mais corrupção…
Eu continuei assistindo a TV do avião enquanto o jornal passava notícias de rotina sobre economia e política, mas de repente fui surpreendido por um plantão.
A apresentadora noticiou que uma epidemia estava se espalhando em Brazuera e em outros países. Eu fiquei chocado ao ver as imagens capturadas pelo repórter, que mostrava pessoas desfiguradas em camas de hospital. Um médico tentava impedir que as câmeras gravassem, mas acabou capturando uma pessoa com tentáculos saindo do rosto, outra se transformando em um lobo peludo e uma terceira com a pele reptiliana.
A gravação ao vivo foi interrompida, e a apresentadora pediu calma e tranquilidade à população, garantindo que as autoridades estavam cuidando da situação e controlando o caso. Mas eu não conseguia tirar da minha cabeça as imagens perturbadoras que acabara de ver. O que estava acontecendo com as pessoas? Seria algum tipo de doença contagiosa e mutante? A farmacêutica viu que foi roubada e espalhou o vírus pelo mundo? Não consigo entender a lógica disso.
Eu não conseguia imaginar como as autoridades iriam lidar com algo tão assustador.
Tentei me acalmar e continuar assistindo ao programa, mas minha mente continuava a vagar em pensamentos perturbadores sobre a epidemia e suas possíveis consequências. Será que eu estava seguro em meu destino? Será que esta doença já havia chegado em Florianópolis, minha cidade? Eu não sabia o que esperar, mas estava apreensivo com o que estava por vir.
E assim começa…
O evento mais mencionado no mundo todo após as guerras do século 20, a The Monster Pandemic…